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sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Profª Vera Mª Rodrigues - Nomeada pelo MEC para Diretora Geral do Colégio Pedro II

Rio, 29/08/2008.


Boa tarde a todos.


Finalmente, a profª Vera Maria Ferreira Rodrigues, foi nomeada e empossada no cargo de Diretora Geral do Colégio Pedro II, para exercer o cargo por 4 anos.

Leia o discurso na íntegra da profª Vera, quando de sua posse.




Exmo. Sr. Ministro de Estado da Educação, Prof. Fernando Haddad

Ilma. Sra. Secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Profª Maria do Pilar Lacerda

Ilmo. Sr. Secretário Executivo Adjunto do Ministério da Educação, Prof. Francisco das Chagas FernandesIlmo. Sr. Diretor-Geral do Colégio Pedro II, Prof. Rui March

Autoridades presentes

Senhores Diretores do Colégio Pedro II

Meu marido, Gerson e minha filha, Mariana

Senhores convidados


O Colégio Pedro II é uma Instituição ímpar no panorama educacional brasileiro. Sua origem remonta ao século XVIII, quando, em 1739, foi criado o Colégio dos Órfãos de São Pedro,transformado, em 1766, em Seminário dos Órfãos de São Joaquim, no local onde hoje se encontra a Unidade Escolar Centro. Em 2 de dezembro de 1837, o Ministro do Império Bernardo Pereira de Vasconcellos apresentou à assinatura do Regente Pedro de Araújo Lima o decreto que reorganizava completamente o Seminário de São Joaquim e mudava-lhe o nome para Imperial Collegio de Pedro II, em homenagem ao Imperador menino, por ocasião de seu décimo segundo aniversário.

Transformado em Autarquia Federal por Decreto-lei de 28 de fevereiro de 1967, pela atual estrutura do Ministério da Educação, o Colégio está vinculado à Secretaria de Educação Básica. Porém, pela diversidade de suas ações, mantém permanente diálogo com praticamente todas as Secretarias. Tem a singularidade de ser a única escola de Educação Básica vinculada ao MEC, bem como de ser preservado constitucionalmente como uma Instituição Federal de Ensino. Esta condição é resultado do reconhecimento do Governo e da Sociedade por este Educandário que tem atravessado séculos com a tradição de oferecer ensino público de qualidade. Inúmeras personalidades das ciências, das letras, das artes, da diplomacia, da política nacional, incluindo quatro Presidentes da República, passaram por seus bancos escolares ou pertenceram a seu Corpo Docente.

Hoje, o Colégio é um complexo educacional constituído por treze Unidades Escolares e uma Unidade Administrativa, situadas em seis bairros da cidade do Rio de Janeiro e em dois municípios do Estado do Rio de Janeiro – Niterói e Duque de Caxias. Conta com 12 500 alunos, distribuídos em cerca de 400 turmas que vão do 1º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio, incluindo cerca de 20 turmas de 5 níveis de PROEJA, o que nos permite afirmar que temos alunos desde os 6 anos de idade até mais de 60 anos. Para atender a tão amplo conjunto de estudantes, contamos com cerca de 1100 professores e 800 servidores técnico-administrativos.

Em sua história recente, particularmente no final da década de 70 e na década de 90, o Colégio viveu momentos difíceis. Na primeira ocasião, em conseqüência de uma concepção errônea de seus dirigentes, que julgavam que o Colégio não teria perfil para oferecer o então denominado Ensino de 1º Grau completo e optaram pela extinção gradativa da 5ª à 8ª série. Isto fez com que a escola sofresse um esvaziamento, chegando a ter cerca de 3 500 alunos. Havia turmas com sete alunos! Foi um período melancólico, felizmente de curta duração. Com a nomeação para a Direção-Geral do
Professor Tito Urbano da Silveira, o segundo a exercer tal cargo depois da transformação do Colégio 2 em Autarquia, a Instituição entrou em um período de crescimento, com o retorno do 2º segmento do 1º Grau, culminando com a criação do 1º segmento a partir de 1984. Em uma década, o Colégio passou de cinco para nove Unidades Escolares e quadruplicou o número de alunos. A segunda etapa difícil a que me referi ocorreu no Governo passado, quando houve uma tentativa de forçar a supressão do Ensino Fundamental, a redução das verbas destinadas à manutenção e um longo período sem permissão para realizar concurso público para admissão de novos professores.

A partir do primeiro mandato do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o quadro sombrio acima referido começou a ser revertido e o Colégio voltou a ser valorizado pelas autoridades governamentais, em especial por Vossa Excelência, Senhor Ministro. O aumento das verbas destinadas à Instituição, a autorização para realização de concursos públicos para professores, bem como para servidores técnico-administrativos, além da inclusão do Colégio em todos os programas governamentais de incentivo às ações educacionais, permitiram uma nova expansão, com a criação de três Unidades Escolares em um período de quatro anos, atendendo a alunos de localidades distantes que, até então, eram obrigados a consumir longas horas no deslocamento para alguma das Unidades existentes.

O momento agora é de consolidar esta expansão, particularmente em Realengo,que ainda este ano terá mais alguns de seus pavilhões recuperados com os recursos que nos estão
sendo destinados pelo FNDE, de forma que, no próximo ano letivo, também lá deverão ser ofertadas vagas para os Anos Finais do Ensino Fundamental. Com a garantia da inclusão de recursos no orçamento do próximo ano, construiremos naquele vastíssimo campus em que Vossa Excelência esteve há exatamente um ano, acompanhando o Excelentíssimo Senhor Presidente da República por ocasião de sua visita oficial, uma
Unidade Escolar destinada aos Anos Iniciais, consolidando assim todos os segmentos naquela que tem tudo para vir a ser a maior Unidade Escolar do Colégio Pedro II.

O Colégio Pedro II é uma velha Instituição com espírito jovem, sempre inovador. Há mais de duas décadas, desde a criação da primeira Unidade Escolar de 1º Segmento, adotamos o Ensino Fundamental de nove anos, sempre com o ingresso de alunos no 1º ano mediante sorteio público; desde 2004, nos concursos para complementação de vagas para 6º ano do Ensino Fundamental e para 1ª série do Ensino Médio, metade das vagas tem sido destinada a alunos provenientes de Rede Pública; desde meados da década de 80, quando ainda não se falava em inclusão, o Colégio estabeleceu um convênio com o Instituto Benjamin Constant, pelo qual alunos dessa Instituição, com deficiência visual, são por ela selecionados para cursar o Ensino Médio no Colégio Pedro II; desde a mesma época restabelecemos o ensino obrigatório de Filosofia e, pouco tempo depois, o de Sociologia, no Ensino Médio; temos em nosso currículo, em todos os anos de Ensino Fundamental e na 1ª série do Ensino Médio, as disciplinas de Educação Musical e de Artes Visuais; oferecemos Informática Educativa aos alunos de Ensino Fundamental de 1º ao 7º ano e Ciências Sociais de 6º ao 8º ano; temos parceria com as mais renomadas Instituições de pesquisa, permitindo que nossos alunos de Ensino Médio vivenciem Programas de Iniciação Científica, inclusive dois mantidos pelo
próprio Colégio. Temos convênio com todas as Universidades públicas e algumas privadas, possibilitando a realização de estágio supervisionado de alunos de diferentes cursos de Licenciatura e de Pedagogia em nossas Unidades Escolares.

Tão logo o Ministério da Educação lançou os desafios do Ensino Médio Integrado e do PROEJA, aderimos aos mesmos com a seriedade profissional que os dois 3 programas merecem. Estamos formando este ano a primeira turma de Ensino Médio Integrado
Técnico em Informática, nessa nova modalidade de curso, resultante da adaptação do que oferecíamos desde 1984 aos novos padrões. Em 2007 criamos a modalidade de Técnico em Meio Ambiente na Unidade Escolar São Cristóvão, onde temos um horto florestal com 9 000 m2 de área.

O PROEJA está sendo ofertado na modalidade Montagem e Manutenção de Computadores, pelo quinto semestre consecutivo, em quatro de nossas Unidades Escolares, contando com cerca de 500 alunos matriculados. Numa parceria inédita com o CEFET- RJ, abrimos este ano uma nova modalidade de PROEJA – Manutenção Automotiva, em que mediante uma seleção unificada os alunos têm uma única matrícula freqüentando as duas Instituições, ficando as disciplinas de Formação Geral a cargo do Colégio Pedro II e as de Formação Profissional a cargo do CEFET-RJ. No início deste mês, foi realizado
o II Encontro do PROEJA, contando com a participação de docentes das duas escolas e também do CEFET de Química. Como os senhores podem perceber, o Colégio Pedro II, sem perder suas características tradicionais de escola de formação humanística, está plenamente integrado à Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, participando ativamente do CONCEFET e de todo o esforço que vem sendo empreendido pelo Ministério na valorização desta forma de ensino.

Por uma questão de justiça, é imperioso declarar que o grande responsável por esta trajetória dinâmica e inovadora do Colégio Pedro II desde 1980 é o Professor Wilson Choeri, como Secretário de Ensino até início de 1993 e como Diretor-Geral de 1995 a janeiro deste ano. Dotado de inteligência brilhante, de determinação imbatível, com a paixão de ex-aluno, que nem por isso lhe impede a visão crítica quanto ao passado de tradição do Colégio, traçou o planejamento estratégico da escola, sempre, como ele gosta de dizer, balizado por uma visão prospectiva, pensando no Pedro II do
futuro. Considero um privilégio ter podido participar desta construção coletiva sob sua firme liderança.

Quando o processo foi iniciado, como Coordenadora de Matemática da Unidade Escolar Centro pude colaborar na reformulação dos conteúdos disciplinares e do sistema de avaliação escolar; depois, como Assessora da Direção da Unidade e a seguir como Diretora, de 1992 até 2004, quando fui honrada com seu convite para ser a Secretária de Ensino deste último período. Afastei-me da função em início de abril para poder participar do processo de consulta para escolha do novo Diretor-Geral, por ter sido indicada como candidata pela maioria do Conselho Pedagógico do Colégio. Foram dois
meses e meio de uma dura empreitada, participando de mais de uma dezena de debates, visitando todas as Unidades Escolares em diferentes dias e horários, conversando com todos os segmentos que compõem a Comunidade Escolar participante do processo – docentes, técnicos, alunos e responsáveis. Foram dias cansativos, dormindo pouco, sob forte impacto emocional.

Mas, pelo Colégio Pedro II, pelo compromisso de dar prosseguimento ao trabalho de equipe que vem sendo feito em prol de nossos alunos, valeu a pena. Minha vitória nos dois turnos de que constou o processo, com o apoio de 57% da Comunidade Escolar em geral, sendo que de cerca de 70% dos servidores docentes e técnicos, não é uma vitória individual. Ela é fruto do esforço conjunto dos colegas Diretores de Unidades, Diretores Administrativos, companheiros da equipe da Secretaria de Ensino, Chefes de Departamentos Pedagógicos, professores, técnicos, alunos, ex-alunos, pais que me escolheram para representá-los como candidata ao mais alto posto da Instituição porque acreditam na vocação do Colégio Pedro II como escola pública de massa e de qualidade, uma escola inclusiva, em que não existe discriminação
4 de qualquer tipo, que se propõe a formar cidadãos críticos, preparados para exercer seu papel na sociedade.

Cidadãos conscientes que devem devolver com trabalho competente a formação recebida
nesta escola de qualidade mantida pelos impostos de todos, inclusive dos que não tiveram a oportunidade de nela estudar. Minha fala vem do fundo do coração de ex-aluna que, em 1961, realizando o sonho de meu pai, outro ex-aluno, ingressou na então Seção Norte do Colégio Pedro II para cursar a 1ª série ginasial. Fui tomada de amor à primeira vista pelo Colégio, dele só me afastando durante o período em que cursei a Faculdade e a ele retornando com menos de um ano de formada, primeiro na
qualidade de professora horista, poucos meses depois, professora concursada. Decorridos trinta e seis anos de trabalho ininterrupto, sendo uma das mais antigas servidoras em exercício na Instituição, sinto o mesmo entusiasmo pela profissão e pelo Colégio Pedro II.

Considero-me uma pessoa privilegiada por ser realizada pessoal e profissionalmente. Com meu querido marido, companheiro de caminhada desde os tempos em que era aluna da 1ª série do Curso Científico do Colégio Pedro II, constituímos uma verdadeira família, consolidada com um casal de filhos que só nos tem dado alegrias. Hoje, ambos casados, nos concederam a benção de sermos avós de um casal de maravilhosos bebês. Sempre disse que Deus me deu a graça de ter filhos que nunca nos deram preocupações para que pudesse ter toda a paciência com meus alunos – a quem sempre
quis bem como a meus próprios filhos. Credito minha grande disposição para o trabalho, à harmonia familiar, ao apoio recebido de meu marido, filhos, pais e irmãos que sempre me impulsionaram na carreira profissional. Durante toda a campanha eleitoral, eles me encorajaram permanentemente, e hoje, neste dia tão especial para mim, aqui estão mais uma vez me apoiando e compartilhando desta imensa alegria.

Antes de concluir, gostaria de registrar meu reconhecimento ao Professor Rui March, um de meus mais diletos amigos, a quem tive a satisfação de ter como colega na equipe docente da Unidade Escolar Centro desde seu ingresso como professor. Homem de profunda fé, estudioso da doutrina católica, professor extremamente dedicado, conhecedor profundo de seus alunos, a quem se refere pelo nome depois de anos de afastamento, dono de uma das mais belas pronúncias da Língua Inglesa, profundamente culto, brilhante orador e inspirado escritor, sempre tem uma palavra de apoio
para os companheiros de trabalho. Ao longo dos anos em que exerceu com perfeição o cargo de Chefe de Gabinete da Direção-Geral e de Diretor-Geral Substituto, acostumei-me a recorrer à sua experiente opinião nas mais diversas ocasiões. Tivesse ele outras condições de saúde e seria nosso Diretor-Geral por um longo período, o que certamente seria proveitoso para o Colégio.

Soube conduzir com muita serenidade este período de transição, contribuindo de forma decisiva para que tudo desse certo. Será um grande desafio suceder a Diretores-Gerais da envergadura dos Professores Wilson Choeri e Rui March, dirigindo nosso Colégio em direção ao futuro bicentenário.

Finalizando, agradeço à Vossa Excelência a confiança em homologar a indicação de meu nome pela Comunidade Escolar do Colégio Pedro II para exercer o cargo de Diretora-Geral, comprometendo-me a fazê-lo com a mesma dedicação e entusiasmo que marcaram minha trajetória profissional na Casa pela qual tenho tanto amor. Peço a Deus que me dê saúde, equilíbrio e sabedoria para fazê-lo.


Muito obrigada a todos pela presença.

Vera Maria Ferreira Rodrigues

Em 27/8/2008

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Dois pesos mais sem nenhuma medida

Rio, 25/08/2008.



O processo de consulta terminou no mês de junho de 2008 e até hoje, dia 25/08/2008, a profª Vera Maria Rodrigues não foi nomeada para o cargo de Diretora Geral do Colégio Pedro II.

O sindicato dos servidores em conjunto com associação dos docentes e alunos dos grêmios estudantis do Colégio Pedro II, em nome da DEMOCRACIA, moveram e removeram montanhas para que acontecesse o processo de consulta para o referido cargo.

Porém, findo o processo de consulta à comunidade, que escolheu DEMOCRATICAMENTE a profª Vera Maria Rodrigues para o cargo de Diretora Geral do Colégio Pedro II, estas mesmas entidades não estão com o mesmo empenho de mover e remover as mesmas montanhas para que a profª Vera Maria Rodrigues seja nomeada.

Fico imaginando se o candidado derrotado que concorreu no "2º turno" com a proª Vera tivesse ganho tivesse ganho.

Ah.. Ah... Ah.. Ah...

Vocês imaginam o empenho DEMOCRÁTICO das entidades mencionadas!!!!!!!!!!!

Dois pesos mais sem nehuma medida.

Um abraço.

Ribamar.